domingo, 24 de julho de 2011

Os efeitos da privação do sono


"(o sono) participa na recuperação de eventuais lesões orgânicas do cérebro ou na defesa contra agentes patogénicos"
In "O Sono- Efeitos da sua privação sobre as defesas orgânicas". Ângelo Soares. Lidel. Página 19.

"A falta de sono, da mesma forma que a persistência de noites sucessivas sem um sono reparador, conduz a situações clínicas potencialmente graves e com consequências assustadoras.

Tentar reduzir as horas destinadas ao sono, além de provocar um esforço contra a própria natureza, representa uma violência que se paga cara em termos de saúde mental ao nível da criatividade artística, da concentração científica ou da imaginação abstracta, mas também da própria saúde física porque as ligações ao sistema imunitário estão sempre presentes".

Idem. Página 33.

domingo, 17 de julho de 2011

O dia mais feliz

Há poucos dias atrás faleceu uma prima minha que, apesar de afastada, era quase como uma 2ª mãe para mim.
Dedicou a sua vida aos outros, como professora do ensino primário. Era solteira e vivia sozinha.
Tal como à Dra Maria José Nogueira Pinto, o cancro do pâncreas levou-a na madrugada do passado dia 14 de Julho.
Umas semanas antes, ainda consciente, pode receber a Extrema-Unção ou também chamada Unção dos Enfermos, acompanhada de confissão e comunhão. O padre Cupertino, de Portimão, foi visitá-la a casa e deu-lhe essa benesse. Disse a minha prima que, à beira da morte, esse foi o dia mais feliz de toda a sua vida.
A este propósito, lembrei-me de uma passagem do Papa Bento XVI sobre o que significa pertencer à Igreja Católica. Diz o Santo Padre que um baptizado é ser inserido "numa companhia de amigos que nunca a abandonará na vida, nem na morte (....), acompanhá-la-á sempre, também nos dias de sofrimento, nas noites escuras da vida; dar-lhe-á consolo, conforto e luz".
Bento XVI, 8 Janeiro de 2006

terça-feira, 12 de julho de 2011

A Alma Conservadora

Há uns dias atrás, acabei de ler "A alma conservadora" de Andrew Sullivan, um "católico" homossexual e seropositivo.

Embora existam partes interessantes, em geral, o livro mostra a mente tortuosa e contraditória de Sullivan: Ora exulta a Missa e a Comunhão eucarística, ora ataca a Igreja Católica, o Papa e divaga, em tentativas de justificação moral do aborto, da eutanásia e da homossexualidade.

Para mim, parece-me mais um penetra do lobby gay a tentar infiltrar-se na direita para aí, defender as suas posições.

Será certamente um bom livro para "conservadores" como Teresa Caeiro.

A apologia do relativismo que faz em todo o seu livro, não me atraí e sinceramente parece-me muito pouco própria de uma "alma conservadora".

Enfim. Se eu soubesse não teria perdido, nem tempo, nem dinheiro com este livro de propaganda.

Restam, como disse, alguns excertos muito interessantes sobre o valor da Eucarístia e da comunhão que são muito apelativos.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

A tradição de serviço público na família de Maria José Nogueira Pinto

A recém-falecida Maria José Nogueira Pinto tem na sua família um historial de serviço ao país e a coisa pública.

Era descendente, por via de seu pai de Diniz de Melo e Castro, o 1º Conde das Galveias.

Heróis da guerra da restauração, vice-reis da Índia e do Brasil.

Já vem de família e Maria José Nogueira Pinto honrou ainda mais a sua ascendência, acrescentando-lhe novos feitos e um grande exemplo.

Último texto de Maria José Nogueira Pinto



Vale a pena ler este testemunho de vida que é, ao mesmo tempo, um testamento deixado a todos nós.

Aqui

Fonte da foto: Caras

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Ser caloteiro compensa


Em Portugal, com o estado deplorável em que a Justiça se encontra, vale a pena ser caloteiro e até cometer crimes contra o património.

Em regra, vigora nos tribunais, em particular nas fases de inquérito, a chamada "lei do menor esforço".
Estou-me a referir a casos de criminalidade onde o património das pessoas é prejudicado por práticas ilícitas.
As insolvências dolosas, isto é, esvaziar uma sociedade, transferindo o seu activo para lugar seguro e deixando ficar as dívidas são o pão nosso de cada dia e os tribunais quase sempre são incapazes de promover a investigação dos factos e a a respectiva responsabilização.

O Procurador do Ministério Público deveria ser alguém dinâmico, activo e com ânsias de apuramento da verdade, mas infelizmente nem sempre é isso que acontece, também por falta de meios, é certo.
Mas a falta de meios não justifica tudo e há certos despachos de arquivamento que são verdadeiramente de pasmar.

Eu próprio, posso rapidamente chegar a mão a 3 ou 4 processos concretos que são de ficar de boca aberta.

Enfim, talvez a introdução da avaliação dos operadores judiciários contribua para alterar esta péssimo estado de coisas...